E Feliz Dia das Mães, concurseiras!
"Família. Palavra que assusta. Que parece grande. Que é, na
verdade, gigante. Parece mulher, mas que no fundo é um caminhão de gente.
Homem, mulher, filho, tudo junto. Imagina alguém que se chame “Família”? Sr.
Família? Ou seria Sra. Família? Qual seria o
apelido? Fá? Lia? Familiazinha é pejorativo. Não cabe diminuir a
família. Familhão é o cara que ganha na megasena. E faz um milhão.
Família não admite um único significado. É o começo de tudo.
Mas também meio e fim. É o zigoto, quem pulou a aula de biologia? Somos todos
girinos da mesma família, uma senhora doce como o orvalho e que se expande como
o acordeão. A família é mãe. É ela o esteio, é ela o 0, da combinação 0 e 1. Não
sei se as palavras “mãe” e “família” se confundem, e pode até haver família sem
mãe, mas coitada dessa família.
Uma família sem mãe não conhece o amor, é como celeiro sem
feno, cálice sem vinho, paraíso sem arco-íris, ou computador sem internet.
Mãe é tudo. Eu sei: sufoca, perturba, tira a paz da gente,
não é Enzo!!!???, mas uma mãe está para uma família feliz assim como azeitona
está para uma empada. É a diferença entre o sol e a chuva, o verão e o inverno.
A noite e o dia.
Famílias, honrem as suas mães!
Mães, honrem as suas famílias!
Entendam que seus filhos nunca crescerão e zelem por eles
até o final dos seus dias. Não esperem o seu dia de Mãe acabar, assim como após
a noite vem o dia, e assim por diante. Mãe não se aposentada. Não tira férias.
Mãe não se cansa. Nem descansa! Mãe atira a flecha e a agarra lá na frente com
a mão, como diz Khalil Gibran no maravilhoso poema "Filhos". Não existe o sétimo dia para as mães. A gente tem que fazer e refazer o
mundo todo santo dia.
Filhos, tenham inveja da sua mãe, pois mirem-se no exemplo
dela. Não queiram ser como ela. Mas melhores!
Temam a sua mãe!
Amem, ainda que odeiem, a sua mãe!
Odiar e repelir a sua mãe faz parte do rompimento do cordão
umbilical que você fará pelo resto da sua vida, para criar a sua própria
identidade. Pode sentir raiva da mãe. Mágoa. Repulsa. Isso é ter maturidade
para separar o amor dos outros sentimentos mesquinhos e criar o seu próprio Eu.
Bem vindos ao mundo real! Mãe machuca, mãe erra, mãe grita, mãe pisa na bola. Mas
o filho continua amando, e assim a gente aprende o valor da palavra “perdão”.
A gente entende o que é “dedicação”. A gente descobre que a
“gentileza” é a prima mais próxima da mãe e o “servir” é o senhor do seu templo.
A gente vive a dualidade da vida na figura da nossa mãe: amar e odiar? Não?
Sejamos evoluídos: amar e perdoar! Renunciar agora, para ganhar ali na frente!
Tem mãe que não ama seus filhos... porque não ama a si mesma.
Sim, porque, entre todas as lições, a que melhor pode dar
uma mãe a seus filhos é: ame a si mesmo! Ame o seu ser e seja o altar da sua
igreja: ricos em amor, férteis na doação, filhos da dádiva, senhores e senhoritas
do divino! E aqui, advogando em causa própria, digo: filhos, vivam e deixem
suas mães viverem. Não esperem delas apenas o seu suor e as suas lágrimas, mas assistam
felizes uma revoada de pássaros todas as manhãs. Mãe não cai no precipício. Ela
voa! E, se vem a turbulência, vem a teoria do avião: primeiro a sua máscara,
depois a de vocês, filhos.
Por mais longo que seja o voo, o aeroporto de ida e de
chegada é sempre um só: os vossos corações. Porque é aí que residem todas as
mães.
Mães, amem seus filhos!
Filhos, amem as suas mães!
Famílias, amem e reverenciem as suas mães!
E, se no dia a dia, ninguém parece ver, ouvir, ou aceitar o
que você faz, queridas mães, não se zanguem por serem “invisíveis” ou se todo o
esforço parecer em vão: “Ele está vendo”. Ao final do dia, recolha-se no seu
altar, feche os seus olhos incansáveis de mãe, e diga apenas: gratidão!
Feliz Dia das Mães que tem uma família como essa! Nós temos"
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