Quando se tem um blog, há
dois momentos de crise: quando você checa as estatísticas e constata que você
teve duas “olhadelas” no dia de hoje; e quando já passa das 11 da noite e você
não tem a menor disposição de sair para pescar internautas por aí. Então, fica
o dilema: você precisa girar a roda, ou lançar a isca, mas tempo é a
matéria-prima que mais lhe falta. Deixar para depois, nem sempre. Às vezes,
quando não dá para dizer exatamente aquilo que se quer, se escreve exatamente
aquilo que dá para escrever.
É como um amigo me disse, um
daqueles que pulou 7 posições e conseguiu a vaga para consultor da Câmara com
uma única redação. “Eu estava diante da prova, achava que não ia dar, vi que
não ia dar, e então eu relaxei e decidi, para matar o tempo, ir escrevendo
pontualmente algumas coisas que me vinham à cabeça sobre o tema proposto. Era
entregar a prova vazia ou isso. Quando eu percebi, a redação estava pronta e eu
tive a maior nota”.
Bem, a história é
verdadeira, mas nem sempre corriqueira. Mas a moral é:
1)
relaxa;
2)
caminhe com um
passo de cada vez;
3)
organize as
ideias, de novo, uma de cada vez;
4)
vá devagar e
sempre, ou lentamente seguro;
5)
escreva com
concisão sobre o que você sabe;
6)
abra e feche a
sua redação
7)
então, está pronto.
Este é um esquema básico
para dizer que o mais importante diante de uma folha em branco, é organizar as
ideias e perguntar para você da maneira mais simples possível: o que eu quero
dizer? Qual é a minha tese? E ela vai te conduzir como uma borboleta pelo
jardim do éden das palavras certas, coesas e coerentes de uma redação bem
estruturada.
A cada parágrafo,
pergunte-se de novo: mas o que eu quero dizer aqui? E diga da maneira mais
simples possível, de modo que o seu leitor exclame, no final da leitura: eu sei
tudo sobre esse assunto!
Foi o que acabei de
responder ao meu irmão, com quem passei o dia revisando um artigo sobre Regime
Próprio de Previdência Social. O primeiro texto era hermético e vago como uma
caixa preta. Você olha, olha, e ela não te diz nada. No último, respondi para
ele: entendo tudo de previdência privada. Fez todo o sentido!
Mas o que isso tem a ver com
o aqui e o agora? É que acabo de descobrir o autor do texto “O Poder do Aqui e Agora”e acho que ele ajuda em dois fatores essenciais para quem quer:
1)
escrever bem;
2)
escrever aqui e
agora bem.
São eles: concentração,
disciplina e uma sensação pura de contentamento. Ao fortalecer a sua narrativa,
nunca se esqueça de fortalecer primeiro a determinação e coragem para seguir em
frente. E viver o momento presente é a maior presente que temos, em qualquer
momento de nossas vidas.
Isto já está escrito num
monte de lugares. O difícil é praticar!
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