Todo dia é dia de desafio. Melhor que não fosse nenhum, mas o imprevisível é parte da vida. E tome desafio... Aqui vai mais um para não perder o costume. Leia este texto. Veja o que falta nele. Qual é o estilo? Qual a mensagem? Como torná-lo mais atraente? Como você aumentaria em três parágrafos? O que diria? Há alguns elementos importantíssimos numa dissertação que não estão neste texto. Vamos lá. O desafio está lançado! Se quiser que eu publique seu exercício no blog, me envie por email. Cumpriremos juntos depois essa missão. Por hora seu dever de casa é:
1) análise de texto;
2) análise da sua vida e seja grato!
Este texto é autoral. É verdade: as chuvas fazem as flores cresceram.
Ao trabalho!
Gratidão
Levei
45 anos para descobrir o que é felicidade. E seus filhos?, podem me perguntar E
o trabalho? Amigos? E o show do Coldplay em Londres? Ah, claro, vão dizer:
v-i-a-g-e-n-s. Não! Minha felicidade não tem asas, e nunca esteve ligada a mim
através de um cordão umbilical! Sinto desapontá-los! E olha que nem falei de
amor, romance, nem cores de rosa e purpurinas. Minha felicidade não é Doriana!
Afinal de contas, nunca tive sequer uma Barbie! Kevin então, esquece!!!!
A
felicidade não é viver o momento, não é ter desapego, não é caridade, não é
bondade! Não é euforia, nem alegria, ou outros inúmeros disfarces da depressão.
Gratidão! Se me perguntarem: por que vive? Eu não saberia dizer. Como, então,
você vive? Com gratidão! Quer dizer que fui ingrata durante 46 anos? Fui. Fui
extremamente ingrata em todos os momentos da minha vida em que me senti contrariada!
Em que nem tudo que eu planejava aconteceu! Em que verti lágrimas ao invés de -
ou geralmente após - sorrisos! Em que me senti enganada! Abandonada! Sozinha!
Desamada! Não saciada!
É
fácil dizer: “obrigada senhor” quando sou aprovada num concurso ou dou à luz a
um meninão de 3,60 kg! É fácil sorrir quando se pega um avião de lá para cá com
gente trazendo um copo de água na mão e Prosecco no jantar! Ser grata no elogio
do chefe, no bom dia do padeiro, na pequena gentileza do motorista da
tesourinha, isso não é nada!
Tente
ser grata ao gemer de dor na cama, ao perder quem você mais ama, ao ser
desacatada pelo chefe ou amigo, ao ser multada ou ser roubada, ao ouvir
palavras amargas ou tolas, ao ser preterida no seu novo cargo, ao dizerem não
aos seus projetos mais altruístas, ao silêncio do seu telefone num domingo de
tédio, ao te devolveram o troco errado ou te criticarem pela sua memória não
tão prodigiosa! Tente ser grata com o filho ingrato. Com o colega egoísta. Com
o corpo que envelhece. Com a sua incapacidade de ser mais eficiente. Com aquele
sentimento profundo de inveja que vem lá do fundo de você! Tente ser grata com
o fim de um relacionamento, com um papo chato, com uma visita ao supermercado ou
mais uma ligação ao call center da sua operadora para reclamar da fatura! Se
você conseguir fazer tudo isso sem dizer: “droga”!, então você é uma pessoa verdadeiramente
feliz.
Gratidão!
Acho que nem bom dia, nem boa tarde! Nem Namaste! Nem Shalam! Nem a paz esteja
contigo! Gratidão! Deveria ser o nosso hino, a nossa saudação, o nosso lema de
vida, a prece nossa de cada dia. Ao sermos gratos, tudo isso vem: paz de
espírito, alegria, entusiasmo, energia, solidariedade, aceitação, e um
sentimento pleno de amorosidade. E você terá a certeza de que não apenas o
mundo te recebe por inteiro, e que, seja ele bom ou ruim, alegre ou triste, simples
ou insuportavelmente injusto, você não tem nenhuma opção melhor a fazer do que
agradecer! Mesmo que queria mudá-lo, ou mudar a si mesmo.
Apenas
agradeça! Primeiro agradeça! Sempre agradeça! E esse sentimento de ser alguém
especial, no lugar certo, na hora certa, da forma certa, e outros valores
tipicamente ocidentais vazios de sentido, não representará nada para uma pessoa
que, simplesmente, agradece. Agradece não por estar feliz ou triste, ser pobre
ou rico, ser sábio ou intuitivo, mas, simplesmente, por ser quem você é. Certo
ou errado nem existe. Apenas gratidão!
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