Assim como a visão é a nossa principal porta de entrada de
informação, a palavra é a nossa maior forma de comunicação! Subestimamos o
valor da palavra, assim como também não damos a devida atenção para os outros
sentidos, como tato e audição. Somos serem essencialmente visuais! E
enormemente sociais! Mas não cuidamos muito bem da nossa ferramenta de
trabalho: a palavra! Com que frequência alguém nos diz: para?! E não paramos!
Continuamos com um gesto irritante, uma fala incorreta, ou uma provocação qualquer!
A palavra é tão poderosa que controla até a nós mesmos! Ela nos atrai tanto
quanto nos trai. A todos. Com frequência, deslizamos nas palavras como quem
escorrega numa casca de banana. Os resultados são imprevisíveis, ou seja, os
piores possíveis. Por isso o texto escrito é tão importante. Ele nos oferece a
pausa da racionalidade, o instante da lucidez! Ele nos dá a segunda chance de
não dizer simplesmente o que vem à cabeça, sem medir as consequências.
Numa redação, cada palavra pode ser medida, mensurada,
colocada ali de maneira milimétrica. Teste as palavras como quem monta um
quebra-cabeça. Tira e põe. Leia em voz alta. Busque os dicionários mentais que
você armazena, especialmente o de sinônimos e antônimos.
O texto escrito tem uma grande vantagem: ele não traz ali a
carga emocional de uma comunicação não-verbal. O olhar, os gestos, os tiques, o
texto escrito não necessariamente denuncia a nossa verdadeira essência e o
exato estado emocional que você está experimentando.
Para resvalar um pouco para a política e seguir as tendências
do momento, talvez o candidato tucano Aécio Neves tivesse melhor resultado se
tudo que tivesse prometido estivesse apenas escrito. Ou que usasse uma máscara
para evitar uma comunicação verbal bastante ambígua.
Um especialista em “mentira” traduziu por fotos o sentimento
que diversas pessoas que podem explicar o esvaziamento de votos do candidato da
oposição, depois de um bolão de ensaio que apontava para uma vitória. Ele não “parecia”
confiável.
Tão interessante quanto o artigo do consultor Sérgio Senna
são os comentários dos leitores, que denunciam que a expressão facial pode
derrubar as palavras, quando elas não estão alinhadas entre si.
Ou seja, não basta um bom texto. Tem que ser convincente
também.
Se uma imagem diz mais do que mil palavras, como aplicar
esse ditado para um redação? Será que alma da redação, e a energia que dela
emana, também denuncia com que é que estamos falando?! O examinador certamente dirá:
“bingo”.
http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/10/para-psicologo-expressoes-faciais-de-aecio-neves-em-debate-da-band
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