terça-feira, 28 de outubro de 2014

Cinco dicas para melhorar seus textos online

Este texto abaixo foi retirado do site oficial da Câmara dos Deputados. Traz informações preciosas sobre esse quase ingovernável mundo digital.

Cinco dicas para melhorar seus textos online Jornalistas digitais precisam seguir os mesmos princípios básicos do jornalismo, que incluem reportagem objetiva e precisa, checar os fatos, citar as fontes, respeitar a gramática e ortografia, e -- talvez o mais importante -- conhecer o público-alvo. No entanto, há fatores adicionais que precisam ser levados em consideração ao escrever para a Web. Hoje em dia, as pessoas leem textos em telas cada vez menores, incluindo tablets, smartphones e leitores digitais como o Kindle, tornando a leitura ainda mais difícil. Pesquisas também mostram que os usuários tendem a passar o olho ou dar uma olhada superficial no conteúdo, especialmente quando visitam um site. Por todas estas razões, o texto deve ser apresentado de forma diferente online. Dicas para melhorar a sua escrita para a Internet Redação clara e concisa é importante em todos os meios, mas ainda mais online pelos motivos citados: os usuários da Internet que querem informação rápida e a velocidade mais lenta da leitura online. Um estilo simples e direto funciona melhor. Escreva frases e parágrafos curtos -- de três a cinco frases curtas, no máximo. Deixe intervalos entre parágrafos. Use verbos ativos e escreva no tempo presente. Evite a voz passiva, já que complica a frase. Na Internet, quanto mais curto é melhor na maioria dos casos. Embora o espaço na Web seja praticamente ilimitado, artigos muito longos geralmente não são adequados para os leitores da Web. A maioria das reportagens não deve ter mais do que 800 palavras. As manchetes servem a mesma função básica na Web que servem na imprensa, para comunicar informações e atrair leitores. Porém, ao contrário das manchetes na imprensa, as frases diretas funcionam melhor online do que as indiretas que fazem jogo de palavras, porque: Usuários da Internet querem obter informações rapidamente. Manchetes que deixam dúvida sobre o tema de uma matéria não seduzem os leitores a clicar para ler o resto do artigo. Usuários da Internet frequentemente pesquisam informações. Manchetes que não incluem palavras-chave diretamente relacionadas a um tópico não serão apanhadas pelos motores de busca. Subtítulos em alguns parágrafos podem ajudar a dirigir os olhos para "pontos de entrada", onde os usuários podem começar a ler. Estes devem ser concisos e diretos ao ponto -- de preferência com três a sete palavras -- dando aos leitores uma indicação clara do que vem a seguir. Eles também ajudam a quebrar blocos de texto em partes gerenciáveis. Pontos e listas são uma outra forma eficaz de quebrar uma matéria longa para facilitar a leitura e atrair a atenção, pois facilitam no compreendimento da informação. Eles podem ser usados ​​ao longo de uma matéria ou no início, para realçar os pontos mais importantes de uma reportagem. A CNN.com faz isso rotineiramente. Este artigo faz parte de um curso online do ICFJ Anywhere, que apóia os jornalistas em todo o mundo com treinamento gratuito em uma diversidade de tópicos. Os cursos são oferecidos em uma variedade de idiomas, incluindo inglês, árabe, persa, espanhol, português, turco e francês. Para as últimas novidades sobre os cursos do ICFJ Anywhere, clique aqui.

domingo, 26 de outubro de 2014

A clareza está no presente, claro!






A clareza está no presente, claro!

A clareza é um dos requisitos importantes de um texto. É preciso que as ideias estarem bem colocadas e sejam compreensíveis e que as palavras sejam conhecidas, estejam confortavelmente alinhadas, dentro de uma estrutura que faça sentido. E isso geralmente está associado a regras como:
1)   use palavras simples e coloquiais;
2)   use frases na ordem direta;
3)   hierarquize seus argumentos
4)   não se contradiga
5)   escreva uma redação higiênica, o mais limpa que puder, ou seja, capriche no visual.

Esses elementos dizem respeito à: conteúdo (ideias), ferramentas (palavras), forma (apresentação do texto). Existiria outro fator relevante para se escrever um texto claro e intelegível? Mais do que isso, atraente e instigante?
A origem de um texto limpo e inspirador não está na preparação que você pode fazer para que ele saia afiado. Está a base primeira de onde ele se origina: a sua mente. Buscar ter uma mente limpa, o mais calma e quieta possível, capaz de ordenar as ideias e controlar seus pensamentos e vulnerabilidades do passado é essencial para que a sua redação tenha, mais do que as palavras certas, uma “alma/aura” limpa. Suas ideias serão claras e sua redação será comunicativa na medida em que você focar mais no abandonado do que na acumulação, na leveza do que na consistência, na renúncia ao supérfluo do que construção de uma sólida escada de argumentos.

Vejam este texto abaixo de Ajaan Brahmavamso, intitulado “O Método Básico da Meditação”:

"Abandonar o passado significa não pensar nem sequer no seu trabalho, na sua família, nos seus compromissos, nas suas responsabilidades, na sua história, nos bons e maus momentos da sua infância ..., você abandona todas as experiências passadas ao não lhes dar atenção de forma nenhuma. Você se torna alguém desprovido de história durante o período da meditação. Você não deve nem mesmo pensar de onde veio, onde nasceu, quem são os seus pais ou que tipo de educação teve. Toda essa história é abandonada na meditação. Dessa forma, todos aqui no retiro se tornam iguais, unicamente meditadores. Deixa de ser importante quantos anos você pratica meditação, se você é experiente ou principiante. Se você abandonar toda essa história, então seremos todos iguais e livres. Estamos nos libertando daquelas preocupações, percepções e pensamentos que nos limitam e que nos impedem de desenvolver a paz que tem origem no abandono. Portanto, você finalmente se solta de todas as “partes” da sua história, até mesmo a história do que ocorreu até agora neste retiro, mesmo a recordação daquilo que aconteceu há um instante! Assim, você não carregará nenhum fardo do passado para o presente. Você não está mais interessado e abandona o que quer que tenha acabado de acontecer. Você não permite que o passado ecoe na sua mente.”

Ajan Brahmavamso é um dos grandes mestres da contemporaneidade sobre as práticas de meditação. Ele professa um tipo budismo baseado no fato que não basta um esforço muito grande para atingir estágio de iluminação e maior clareza da mente. É preciso cultivar habilidades também. Habilidades estas que vão além do exercício prático de carregar pedras até que você tenha a sua casa construída. Não! É preciso construir um caminho de modo que cada tijolo seja uma descoberta nova e um passo de libertação de tudo aquilo que nos confunde, nos turva a visão e paralisa os movimentos. É preciso abandonar o passado e renunciar ao futuro para que, como observador, você possa, no presente, encontrar não só os argumentos certos, mas uma energia equilibrada que se transporá para o papel no momento em que você precisa se expressar com plenitude. Com elegância. Com equanimidade. Ou seja, equilíbrio. Faça esse exercício: antes de qualquer produção intelectual, pratique uma meditação curta, de 5 minutos, tentando higienizar a sua mente.  Como? agarrando aos presente e à positividade. Leia mais este trecho do texto do Ajan Brahmavamso:

“Na primeira parte deste artigo tripartido, esbocei o objetivo desta meditação que é o silêncio sublime, a tranqüilidade e a clareza mental, repleto do mais profundo insight. Depois, indiquei o tema fundamental que corre como um fio contínuo ao longo de toda a meditação, que é o abandono dos fardos materiais e mentais. Por fim, na primeira parte descrevi de modo extenso a prática que conduz àquilo que chamo de primeiro estágio nesta meditação, e esse primeiro estágio é alcançado quando o meditador permanece confortavelmente no momento presente por períodos de tempo longos e ininterruptos. Tal como escrevi no artigo anterior “A realidade do agora é magnífica e impressionante ... Ao chegar até aqui, você realizou muito. Você abandonou o primeiro fardo que impede a meditação profunda.” Mas tendo alcançado tanto, você deveria ir mais além, até o ainda mais sublime e verdadeiro silêncio da mente.”

Quanto menos estímulo a sua mente tiver, mais fácil será aquietá-la. Talvez o processo de filtrar a informação seja muito mais importante do que o de agregar, o que contraria mais uma lei máxima dos cursinhos. Não leia o máximo que você puder, mas foque naquilo que realmente pode repercutir como algo “magnífico” e que “faça um pouco mais de sentido”. Como diz o monge, a “atenção também está no silêncio”, este sim cheio de significados. Escreva somente o necessário, desperto numa consciência de que você usou as palavras mais claras que poderia, porque assim está a sua mente: clara e objetiva.
Retire deste texto de Brahmavamso as âncoras que precisa para desenvolver uma boa técnica para buscar clareza e objetividade não apenas no seu texto, mas também para a sua vida. Não é que nada o perturbará, ou que o processo criativo não será, sempre, em sua gênese, algo agonizante. Mas você saberá que a consciência da busca de uma mente tranquila nesse mundo de exageros já é um caminho claro! É claro!

http://www.acessoaoinsight.net/arquivo_textos_theravada/meditacao.php



http://www.acessoaoinsight.net/arquivo_textos_theravada/meditacao.php

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Jairo Luis Brod e os dicionários

Eis mais uma dica de português do ilustríssimo professor Jairo, reproduzida do site da Câmara dos Deputados.

Notícias da Casa
 Atualizado em 09/10/2014 às 14:58
Pílulas de Língua Portuguesa 22
Dicionários de Língua Portuguesa 3 – O Houaiss, o Aulete, o Volp...
Por Jairo Luis Brod

Sem mais lero-lero, finalizo a descrição de alguns dos principais dicionários de Língua Portuguesa. Antes, porém, convém esclarecer o significado de dois termos léxico-bibliográficos que ali aparecerão – verbete e entrada.

Verbete é o conjunto de acepções (definições), exemplos, abonações (citações), achegas (contribuições) contidos numa entrada de dicionário, enciclopédia ou glossário. Entrada é uma unidade significativa (palavra, locução, frase, afixo, abreviatura ou símbolo) que abre um verbete. Exemplo: Beleza. Substantivo feminino. 1. Qualidade de belo. 2. Pessoa bela. 3. Coisa bela, muito agradável, ou muito gostosa: A festa foi uma beleza; Que beleza, este bolo! Cansar a beleza de. 1. Fam. Amolar.

 Nesse modelo, "beleza" é a entrada, também chamada de unidade lexical ou cabeça de verbete. Verbete é o conjunto das definições, dos exemplos e da locução iniciado por "beleza" e finalizado por "amolar".

 Houaiss

 Lançado em setembro de 2001, logo foi eleito "o mais completo dicionário brasileiro" pela revista Época, considerado "imbatível" pela Veja e consagrado como o grande lançamento editorial de 2001 pelo Caderno B e pela Revista de Domingo, do Jornal do Brasil, assim como pelos jornais O Globo, Estado de Minas e Jornal da Tarde. O Dicionário Houaiss traz cerca de 228.500 verbetes, recordista sem rival no mercado editorial brasileiro. Em termos de comparação, o Aurélio abriga cerca de 160.000 verbetes; o Michaelis, pouco mais de 200.000 verbetes. O bom do Houaiss, entre outros predicados, é a datação e a etimologia das entradas. Exemplo: Fobia. Datação (primeira ocorrência da palavra): 1890. Etimologia: do grego phobos (ação de horrorizar, amedrontar, dar medo). 

Michaelis

 Bom dicionário, com definições sucintas e precisas. O legal dele, também, é que o dicionário em Português integra um combo do qual fazem parte dicionários de Língua Estrangeira – inglês, francês, espanhol e italiano. Para melhorar, faltaria apenas uma maior abertura para aceitar palavras de uso popular e familiar.

 Aulete

 Dicionário equivalente ao Michaelis, com uma pegada voltada para o Português dalém Atlântico. Relvado, por exemplo, significa, lá na Terrinha, campo de futebol.

 Sacconi

 O trocadilho é inevitável: é o mais sacana dos dicionários de Língua Portuguesa. Aliás, ele não tem apenas a função "dicionário", mas também a de enciclopédia. Um dicionário enciclopédico, portanto, de vez que abrange não só a definição de vocábulos, como inclui também biografias e a sumarização de assuntos para pesquisas escolares. Mas eu dizia que o Sacconi é "sacana". Sacana não no sentido de patife, devasso, espertalhão, mas no de brincalhão, gozador, trocista. Nessa linha, olhem aí o que diz o sacana do Sacconi em seus sarcásticos comentários sobre o biquíni: Maiô feminino cavado, de duas peças. Até aí nada de mais. Mais adiante, porém, o trem desencarrilha: "...o Papa PIO XII proibiu terminantemente as católicas de vestir traje tão pecaminoso. Aos poucos, porém, as duas peças foram minando as resistências, desbancaram o maiô, e o umbigo, finalmente, pôde também respirar aliviado em praias e piscinas do mundo inteiro". Em suma, é um dicionário-enciclopédia bem-humorado. E cabotino. Cabotino? Sim, o autor é presumido, pretensioso e autorreferente. Aurélio? Cheio de erros. Houaiss? Linguagem ininteligível. Sacconi? Veio para ficar, sem erros, verdadeiro padrão Fifa. Só faltou reivindicar para que seja em breve – ainda que só na obra dele – sinônimo de dicionário. É por essas que a primazia da honraria, com inteira justiça, cabe apenas ao Aurélio. Que foi grande dentro e fora de seu dicionário. Grande no conhecimento e imenso na humildade.

 Unesp

 Dicionário da Universidade Estadual de São Paulo - câmpus de Araraquara, organizado pelo linguista e lexicógrafo Francisco Borba. É o mais brasileiro dos dicionários, tendo pouco além de 103 mil vocábulos. Seu corpus (base de dados construído a partir de um conjunto de textos) é composto de 70 milhões de ocorrências de palavras impressas no Brasil desde 1960. Essa base documental é inovadora em relação a outros dicionários, que geralmente são elaborados a partir de obras preexistentes. Borba consigna os vocábulos no Dicionário Unesp a partir da terceira ocorrência em textos de jornais, revistas e blogues. É um dos poucos que acata, desassombradamente, termos como oportunizar, disponibilizar, otimizar e outros. Prática condenável pelos puristas da Língua, elogiável, porém, da ótica dos consulentes, que se veem servidos por palavras criadas a partir de critérios eminentemente pragmáticos.

 Volp

 É o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, de responsabilidade da Academia Brasileira de Letras - ABL. A entidade é a guardiã oficial da grafia correta de nossas palavras. Havendo discrepância entre o Volp e outros dicionários, prevalece, para fins de concursos públicos e correspondência oficial, o contido no dicionário da ABL. Consta lá, por exemplo, "presidenta", o que "oficializa" o uso do termo. Dicionário Informal É um dicionário de construção coletiva, assim como o Wikicionário, versão dicionarizada da enciclopédia Wikipédia. Nele aparecem termos raramente encontráveis em obras similares, tal como muquifo: lugar sujo e mal frequentado; pardieiro, zona, cafofo, espelunca, lugar porco, casebre. Não encontrando determinada palavra de uso corrente e popular nos dicionários mais conceituados, não deixem de frequentar o Dicionário Informal, que certamente abrigará o exótico termo que se está procurando.

 Dicionário Priberam, Infopédia, Dicionário Web, Nossa Língua Portuguesa, Dicionário On-Line de Português, Dicionário Lusitano, Vocabulário Ortográfico de Português (VOP), Dicionário Criativo, Dicionário de Usos em Frases, Dicionário de Regionalismos, entre outras obras de referências, servem de consulta para pesquisas de largo fôlego.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Nem Dilma, nem Aécio. Fernando Meireles para presidente

Escrever muitas vezes é uma necessidade. Parece que algo te compele a fazer isso. Talvez seja o hábito. A prática. O vício. O mais importante, ou curioso talvez, é a capacidade, ou a vontade, de conectar tudo, juntas coisas desconexas, e faz um mixidinho, como dizem os chefs, que só você faria. É mais ou menos assim que aconteceu com este texto. Eu sentia uma vontade, uma necessidade de dizer que queria mudar, precisava mudar. Fazer a minha pregação. Mas não queria ser lugar-comum, do tipo: "mudança já!; "mudar para viver ou apenas um grito de basta! Queria dizer, mas de um jeito diferente. Isso ficou incubado por alguns dias... se viesse à tona, que bom. Caso contrário, o que não existe no mundo, não existe! Bem, leiam este texto e sintam-se numa overdose de tietagem explícita. Mas mesmo essa coisa inútil de tiatagem pode se prestar a finalidades mais logísticas, como falar de política. Não importa o pretexto, o importante é costurar um texto coeso e aproveitar qualquer chance, mínima que seja, para dar o seu recado com equilíbrio e, sempre, bom humor. http://congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/forum/nem-dilma-nem-aecio-fernando-meireles-para-presidente/

sábado, 11 de outubro de 2014

Julgar é morrer

Mais muitas vezes é menos. A prova está neste texto do Sakamoto. Não precisa dizer. Precisa associar. Ou negar. Ou interpretar, como diz ele. O problema é que todo mundo interpreta tudo. Interpreta demais. Vai além. Sábios os portugueses. O que dizem, é o que dizem. Nós dizemos o que queremos dizer. E tá aí a confusão. Sakamoto diz que somos binários. Simplistas. Preconceituosos, muitas vezes. Precipitados, eu diria. E muito apressados. Julgar já é ruim o bastante na leitura precipitada que fazemos das provas, seja dos concursos, seja das provas e dos testes diários que vivemos. Testes de sobrevivência, muitas vezes. Testes de paciência, testes de humanidade. Leia. Releia. Interprete. Mas não julgue. Boa prova.

http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/08/02/criticou-x-tem-que-fazer-y-a-logica-binaria-do-brasileiro-volta-a-atacar/

A introdução e a fórmula 3C

Como começar uma redação? Difícil pergunta. Afinal, não bastasse o desafio de romper o efeito inercial, ainda temos o fato de que “a primeira impressão é a que fica”. Como não começar uma redação de forma brilhante? O começo, é claro, é essencial para que não se perca o fio da meada. Pode ser também um belo cartão de visitas. Mas não apenas isso. Tem que ter elegância (forma) e consistência (conteúdo). Mas não precisa, necessariamente, ser brilhante... dizer a que veio já é... literalmente, um bom ponto de partida. Veja essas dicas abaixo de como dar os primeiros passos, ou melhor, escrever as primeiras linhas de sua redação (introdução): 1) comece com sentenças genéricas e amplas, como: “a inclusão digital é essencial para o crescimento do País”; 2) Foque nas ideias e não nas palavras. Tenha certeza de que você tem uma tese e a apresente de início: “inclusão digital é importante”; 3) Não use conectivos na introdução; 4) Busque frases na ordem direta; 5) Não use definições, mas conceitos; 6) Busque causar impacto, mas não abuse da criatividade: “a abóbora foi eternizada nos contos de fadas...” ☹; 7) Evite temas muito controversos: “O Brasil está vivendo uma crise sem precedentes”; 8) Não use sofismas, lugares comum ou gírias, conselho que, de resto, vale para toda a redação; 9) Não use descrição na sua abertura; 10) Não use frases na primeira pessoa, nem exemplos. Enfim, faça da sua abertura uma espécie de resumo: apresente a sua ideia central (tese) e os argumentos de maneira sucinta. Que tal usar a fórmula 3C: conciso, consistente e coeso! Sobretudo, antes de iniciar uma redação, comece com várias! Leia!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Doce sonho


http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/07/para-pagar-viagem-jovem-junta-r-9-mil-em-3-meses-vendendo-brigadeiros.html

"O que consegui perceber desse tempo é que a gente cria paradigmas no estilo de emprego e na forma de ganhar dinheiro que a gente tem que ter em Brasília. Existe uma cultura muito grande de concurso público, de formação acadêmica muito exacerbada, em que a gente tem que ser superformado, mas tem milhares de graduações e não sabe fazer nada. O que a gente precisa de verdade é sobreviver, é ganhar seu dinheiro para fazer suas coisas, seu projeto. Dizem que você pode ficar velho e que precisa ter um projeto de vida, mas esse projeto pode acontecer sendo funcionário público, tendo um restaurante ou vendendo brigadeiro." João Ricci Tira as aspas, e põe brigadeiro. Essa foi a receita de sucesso do jovem João Ricci, um garoto que largou os preconceitos, despistou todos os conceitos brasilienses e foi vender brigadeiro. Ninguém aqui está pregando que fazer concursos públicos não é o caminho. Mas talvez não seja nem a verdade nem a vida de todos os que nascem em Brasília, ou que fazem dela o seu casulo. Acredite em seus sonhos, mesmo que eles não sejam compartilhados por todos à sua volta. Aposte nesta receita, enrole bem, e siga o seu caminho, com coragem, sabedoria e desprendimento.