quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Concentração e sabedoria

As duas asas de um pássaro. Numa ponta, amarra-se a sabedoria. Na outra, amarra-se a concentração. Sem uma delas, não há voo. O pássaro não decola. E mais ou menos assim que os budistas vêem a nossa mente. Se treinada, se alerta, se consciente, ela reage como um pássaro, planando em direção ao horizonte. Daí vem o nosso grande desafio: concentrar-se não é lutar com a mente. Não é matá-la, mas reconhecê-la. Aceitar as suas limitações, deliminar os seus padrões, e dialogar com a mente. Nessa ponta mora a sabedoria. Na outra, reside o estado observador dos que são capazes de não se envolver nas turbulências da mente ou afogar-se nas coletâneas do passado. Para aqueles que fazem da mente sua ferramenta de trabalho, para aqueles cujo vôo solitário hoje é o banco do cursinho, experimente reservar alguns minutos para acalmar sua mente antes da lida diária. Feche os olhos, concentre-se na sua respiração, e sinta-se um passageiro do ônibus vendo as imagens que surgem e vão embora da sua mente a cada minuto. Apenas as reconheça, acene para elas, e concentre-se na sua respiração. Escolha a respiração ou outro ponto fixo como o arpoador da sua concentração, com o qual você fará uma higiene para reorganizar seus sistemas, e abrir milhares de arquivos para seus objetivos de aprendizagem. E bons estudos!

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