terça-feira, 31 de maio de 2016

Na rede da paixão- redação para concurso, como a internet ainda vai te arrumar um casamento


Os sites mais modernos de namoro estão consagrando um mundo que estava na clandestinidade dos filmes de drama, num belo clichê marido-carente-de-sexo-buscando-aventuras-na-internet. Hoje não é mais assim. Por mais que ainda haja preconceito, os chats de paquera podem ser bem picantes, sem descambar para o sexo mais barato e vulgar. Este é o Papo de Futuro da Semana. Ame ou odeie!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Dicas de Português por Jairo Luis Brod

Pílulas de Língua Portuguesa 89

Curiosidades da Língua Portuguesa

Por Jairo Luis Brod



1. "O Português é uma língua muito difícil. Tanto que calça é uma coisa que se bota, e bota é uma coisa que se calça."



Essa é uma das centenas de ditos impagáveis do escritor, humorista, publicitário e frasista gaúcho Apparício Torelly, autodenominado Barão de Itararé. Tudo era motivo de chacota para o perspicaz observador da política, dos costumes e do estilo de vida dos brasileiros. Nada escapava à sua observação e língua ferinas:



"Quem empresta, adeus.";

"Negociata é um bom negócio para o qual não fomos convidados.";

"A criança diz o que faz, o velho diz o que fez e o idiota diz o que fará."



2. "A equipa adentrou confiante ao relvado vestindo a camisola reserva. De facto, mal começou o prélio, num tiro esquinado batido por um dos trincos — cujas peúgas estavam semiarriadas — para o centro do retângulo, ocorreu o primeiro golo da equipa lisboeta, deixando macambúzio o guarda-redes adversário".



O Português de Portugal difere do Português Brasileiro em aspectos ortográficos (relativos à escrita e à acentuação gráfica), sintáticos (ligados à construção das orações) e — sobretudo — lexicais (concernentes ao vocabulário).



O período acima é típico de uma transmissão radiofônica e televisiva de jogos de futebol lá da terrinha. Em bom Português daqui, o mesmo comentário seria assim "traduzido":



"A equipe adentrou confiante ao gramado vestindo o uniforme reserva. De fato, mal começou o jogo, num escanteio batido por um dos volantes — cujos meiões estavam semiarriados — para o centro da área, ocorreu o primeiro gol da equipe lisboeta, deixando abatido o goleiro adversário".



3. Pneumoultramicroscópicossilicovulcanoconiótico.



Já passamos incólumes pelo inconstitucionalissimamente (27 letras). Penamos com o oftalmotorrinolaringologista (28 letras) e estalamos línguas e rangemos dentes com o anticonstitucionalissimamente (29 letras).



Mal sabíamos que esses palavrões são canja de galinha diante do superpalavrão que inicia este item (46 letras), e que ocupa hoje o primeiríssimo posto no campeonato dos vocábulos mais extensos de nosso idioma. Será difícil superar a marca atual, ainda distante, porém, das quilométricas palavras alemãs. Uma delas tem exatas 80 letras (sim, 80 letras!): Donaudampfschifffahrtselektrizitätenhauptbetriebswerkbauunterbeamtengesellschaf. Em Português, significa "Associação dos Funcionários Subordinados da Construção da Central Elétrica da Companhia de Barcos a Vapor do Danúbio".



A língua em que se expressam os filósofos já é naturalmente impronunciável, imagine enunciar uma palavra com essa quilometragem. Permaneçamos, portanto, focados em nosso modesto recorde, que, ainda assim, não deixa de nos provocar uma ardida sofrência tanto em sua escrita quanto em sua articulação: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico.



Significado? Doença pulmonar aguda proveniente da inalação de cinzas vulcânicas, risco a que não estamos, felizmente, expostos aqui no Brasil. Ou estamos? Espero que não, pois antes, também, nos gabávamos de dois outros portentos da Natureza que não existiam por aqui — tornados e terremotos. Mas que agora sabemos que existem, como comprovam os seguidos relatos da ocorrência entre nós desses fenômenos climático-geológicos. A Maju que o diga! (aquela, a bela e simpática moça do tempo da Globo).



4. Piauiense.



Os nascidos no simpático estado têm em seu adjetivo pátrio o maior número sequencial de vogais (cinco) de nossa Língua: piauiense.



5. Palíndromo.



Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos! A frase pode ser lida tanto da esquerda para a direita quanto da direita para a esquerda. Reparou? A esse jeito árabe-hebraico-português de se ler dá-se o nome de palíndromo. Há centenas deles pululando por aí. Vejamos alguns:



Ovo; osso; radar; luz azul; arara rara; ato idiota; socos; sopapos; a mala nada na lama; a grama é amarga; a Leda, sacana, ia na casa dela; a Daniela ama a lei? Nada!; anotaram a data da maratona; asa, caneta, arroz, radar, zorra: até na casa?; assim, a sopa só mereceremos após a missa.



6. Palavras já aportuguesadas, mas de pouco uso.



A Língua Portuguesa, como toda língua de cultura aberta a outras manifestações, incorpora a seu léxico palavras oriundas do estrangeiro. A abonação pode se dar pela apreensão integral da forma e da pronúncia dessas palavras ou pela sua transliteração (aportuguesamento) ao gosto peculiar de nosso idioma. Eis algumas dessas customizações:



Escâner (scanner) eslaide (slide), blogue (blog), estande (stand), contêiner (container), esnúquer (snooker), trêiler (trailer), foxtrote (fox-trot), estêncil (stencil), picles (pickles), motobói (motoboy), milorde (mylord), náilon (nylon), tarô (tarot), premiê (premier), sítio (site), copirraite (copyright), experto (expert), randevu (rendez-vous), ravióli (ravioli), vade-mécum) (vade mecum).

terça-feira, 10 de maio de 2016

Para se livrar o passado é preciso enfrentar o futuro - Redação para concurso


A gente aposta todas as fichas no futuro. Concurso é assim: uma borracha que apaga todos os problemas. Eu pensava assim. Até que vitória veio, mas as derrotas passadas continuaram me atormentando.
Eu recomendo que, na trilha do que você vai ser, pegue um atalho para o seu passado. Visite a sua história. Reconcilie-se com os seus traumas, reconheça os fragmentos de um ser infantil traumatizado que existe em cada um de nós, e que nos faz agir segundo as crenças, medos e modos de ser que emergiram como solução para sobreviver, após as experiências traumáticas.

Buscar essas respostas é encarar o incômodo, é um soco no estômago, mas nos faz prosseguir.

"Quando se tem um mofo habitual de ser e agir, processar sua modificação de conduta na vida exige um primeiro passo e esse primeiro passo parece estranho em relação ao modo anterior de agir", diz Cipriano Luckesi, importante educador radicado na Bahia. "No oriente se diz que para chegar ao milésimo passo, importa dar o primeiro," completa.

Concurso não é solução para todos os males, nem cura de todos os traumas. Não nos fará felizes num condão. Busque integrar-se primeiro, para entregar-se depois ao seu projeto de vida, aos seus verdadeiros sonhos!

Concurso não é tudo